quinta-feira, julho 08, 2004

O QUE NÓS QUEREMOS "Só má língua!", dirão alguns visitantes deste blog. Mas enganam-se os que assim pensam. Nós não queremos atacar pessoas em concreto. Nós não queremos insultar ninguém. Nós não queremos espalhar boatos e calúnias. Nós queremos, isso sim, denunciar a falsidade, a hipocrisia e a ilegitimidade do actual sistema associativo. Nós queremos um sistema associativo mais democrático e transparente. Nós queremos uma melhor gestão do património das associações académicas – leia-se, uma gestão verdadeiramente profissional. Nós queremos combater os lobbies e as camarilhas que se servem das instituições em proveito próprio, em detrimento dos interesses dos estudantes e do próprio ensino superior. E se, para tal, tivermos que dizer certas verdades e tocar em questões sensíveis, que assim seja!

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DESABAFO No blog do Movimento Unitário de Luta Académica, encontrei um texto de um alegado antigo colaborador da Direcção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que constitui um tocante testemunho a respeito da verdadeira natureza do nosso associativismo. Penso que este texto retrata na perfeição a desilusão que muitas pessoas honestas sentem quando se apercebem dos interesses, das manipulações e da falta de transparência dos orgãos associativos. Não resisti, por isso, a aqui transcrevê-lo:

"(...) Este ano fiz parte da direcção da Associação..e agora simplesmente me recusei a concorrer outra vez porque a minha consciência assim mo ditou.

Não aceito que ponham no mesmo saco quem lá esteve e quem está a fazer por lá estar. Muitas das coisas que vi revoltaram me, entre elas a utilização dada às carrinhas da A.A.U.M. e o dinheiro gasto em telemóveis..ainda mais me revolta ver gente a concorrer naquela lista apenas com o intuito de ter 1 telemóvel e poder dizer "eu sou vice presidente disto e daquilo..."

E mais grave ainda é isto acontecer com gente que literalmente "caga" para os livros, preocupando se com os copos, "garinas" and so on!É um grande orgulho poder dizer que "fiz 1 cadeira este ano" com um grande sorriso nos lábios..é esta a competência que espero não ficar à frente da nossa academia!

Agora uma coisa vos peço: não sejais totalmente injustos ao dizer que não viram trabalho nenhum - muito do trabalho não tem a visibilidade de 1 enterro da gata ou de 1 recepção ao caloiro, mas ele foi feito e está lá: quer a nível pedagógico, desportivo,recreativo, whatever!

Por último, experimentem pedir a facturação dos telemóveis da associação durante este último mês..e experimentem interrogar a associação porque alugou um carro para o ENDA quando tem duas carrinhas, estando uma delas parada para o uso pessoal de sua ex.a. o Presidente..ah!já agora perguntem como se têm feito transportar os senhores candidatos para os eventos da lista!enfim..1 porrada de situações que dava para eu falar a noite toda..

Por isto resta-me dizer:força B!Têm o meu voto... Ass.: Congo"
(11/12/2003)

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quarta-feira, julho 07, 2004

REVISÃO DO REGULAMENTO ELEITORAL Creio que é necessária uma revisão dos Estatutos. E, nesse âmbito, devia fazer-se o seguinte em relação ao regulamento eleitoral:

- Aumentar o número de mesas de voto, à razão de, pelo menos, uma mesa em cada Complexo Pedagógico da Universidade do Minho.

- Ligar as mesas de voto a um terminal informático, de modo a controlar melhor os chamados "votos duplos".

- Retirar o direito de voto aos caloiros que, no caso da nossa Academia, são chamados a votar dois meses depois de chegarem à UM. É óbvio que não têm uma correcta percepção da situação e que são manipulados pelas listas. Muitos destes caloiros desinteressam-se pelo associativismo precisamente porque, mais tarde, adquirem consciência da forma como foram manipulados.

- Impôr restrições ao cacique à boca das urnas, realizando as eleições em locais em que este se torne mais difícil.

- Impôr limites quanto ao número de elementos colaboradores das listas. É intelectualmente desonesto afirmar que uma determinada lista terá 400 colaboradores... é impraticável e, também, uma forma de enganar o eleitorado.

- Alargar os prazos de campanha eleitoral.

- Alterar a forma de eleição da Comissão Eleitoral, passando os seus elementos a ser nomeados directamente pelas listas candidatas, em igual número cada uma (em caso de listas "fantasma", os elementos por elas nomeados deixavam a comissão).

- Aumentar o número de elementos da Comissão Eleitoral, para fazer face a um aumento do número de mesas de voto.

(CONTINUA)

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HISTÓRIAS VERÍDICAS (III) Quando era director do "Académico", a direcção da AAUM insistiu em mudar de paginador do jornal e criar um novo grafismo. Eu e os meus colegas concordámos, porque achamos que seria o melhor para o jornal. O problema é que o paginador vivia a 50 km de distância e os ficheiros tinham que ser enviados via email. Era (e é) um indivíduo competente e simpático, mas vivia muito longe. No entanto, lá nos conformámos e, com o tempo, conseguimos criar um método de trabalho eficaz. Todavia, alguns meses mais tarde, vim a saber que a direcção da AAUM tinha acesso ao jornal paginado ainda antes de nós, ou seja, da própria direcção do jornal! Recebiam-no via internet e liam-no antes de toda a gente...

Era uma versão moderna da censura prévia...

Depois começamos a alterar o jornal, já depois de paginado... claro que eles não gostaram (fizeram questão de mo transmitir), mas tiveram que engolir o sapo.

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HISTÓRIAS VERÍDICAS (II) Entre dois copos de cerveja, diz-me um dirigente de um movimento universitário: "O jornal académico deve ser dirigido pela direcção da associação, para que só diga aquilo que interessa". E acrescentou: "Há opiniões que não interessam".

E assim vai a liberdade de expressão na nossa Academia.

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HISTÓRIAS VERÍDICAS (I) Em plena Reunião Geral de Alunos para discussão e aprovação do Relatório de Contas de 2001 da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), lê-se uma mensagem do presidente do Conselho Fiscal, encarregue, segundo a lei, de emitir um parecer sobre o Relatório de Contas elaborado pela Direcção:

"(...) O nosso parecer é o seguinte: Não podemos emitir um parecer, por falta de elementos".

Ou seja, a direcção da colectividade não forneceu ao Conselho Fiscal os elementos necessários à elaboração do parecer - leia-se, facturas, recibos, etc. Refira-se que as más línguas, por qualquer razão, atribuíram o facto de o presidente do Conselho Fiscal não estar presente na RGA a ameaças que teria recebido na véspera...

Todavia, quando parecia que o Relatório não podia ser aprovado por falta de um parecer válido, o presidente da Mesa da RGA interviu em socorro da Direcção. Perante a estupefacção geral - com a evidente excepção dos membros da Direcção, que manifestavam visível alívio - o presidente da Mesa da Assembleia Geral considerou válido aquele parecer, devido às palavras iniciais: "O nosso parecer é que...".

A sala irrompeu em gargalhadas e protestos... parecia uma anedota. E foi assim que, fazendo uso de uma singular forma de interpretar um texto, o Relatório de Contas foi aprovado sem todos os elementos necessários...

E assim vai a nossa associação académica...

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"HI HO, HI HO!" Um tal de "Puro Sangue" tem inundado as caixas de comentários deste blog com comentários ofensivos e outras provocações. Pelos vistos, o referido indivíduo recusa-se a assinar o que escreve, dando como única referência um curioso pseudónimo que tanto remete para uma raça cavalar (ou mular?), como para uma qualquer ideologia supremacionista. Mas adiante...

Pergunta-me ele: "Quem és tu? Que credibilidade tens tu? A quantas RGA's vais tu? Porque é que saiste do Académico? Porque é que o Impacto não continuou?? Falta de verbas!!!! Desvios.... não sei... mas gostava que comentasses."

Na verdade, eu não tenho qualquer obrigação de responder a provocações, ainda mais quando estas partem de um covarde que se esconde no anonimato. Todavia, e como não tenho nada a esconder, vou responder às questões que este sujeito me coloca.

Quem sou eu? Sou um estudante como qualquer outro.

Que credibilidade tenho eu? Não tenho nem mais nem menos credibilidade que tu ou outro estudante. Mas trabalhei, durante dois anos, juntamente com os meus colegas, para que esta Academia tivesse o único semanário académico português.

A quantas RGA's vou? Vou a poucas, porque as RGA's transformaram-se num circo. Não é preciso ser um génio para saber isso. Votações manipuladas, pareceres do Conselho Fiscal que não são pareceres ("O nosso parecer é: não podemos dar um parecer por falta de elementos"), etc. Contribuir para um circo e uma fantochada? Enquanto as coisas permanecerem assim, não, obrigado.

Porque saí do "Académico"? Porque a partir de determinada altura, passei a ser incómodo para alguns dirigentes. E porque, sabendo essas mesmos dirigentes que existia alguma "oposição" interna dentro do jornal à minha direcção, a minha situação tornou-se muito precária. Por exemplo, soube que a direcção da AAUM tinha convidado pessoas para me substituirem ainda antes de me demitir... sabendo isso, preferi sair pelo meu próprio pé, obrigado!

Porque é que o Impacto não continuou? Porque não tínhamos meios. As despesas rondavam cerca de 600 contos por mês, o que é manifestamente demasiado para um punhado de estudantes. "Desvios"? Mas como é que eu podia roubar o que me pertencia? Eu era um dos dois sócios do "Impacto", ou seja, era um dos proprietários. Aquilo não era uma associação, mas sim uma empresa.

Portanto, deixo um conselho ao "Puro Sangue" e companhia: abram os olhos e não acusem os outros com base em boatos e suposições.

Tenho adoptado uma postura crítica em relação ao actual sistema associativo, mas não ataco pessoas em concreto. Ataco o sistema, porque entendo que é ilegítimo, anti-democrático e propenso a que se verifiquem abusos. Acho que é possível construírmos um melhor sistema de representação dos estudantes; mais transparente, mais profissional e mais democrático.

P.S.: já agora, e a propósito da questão levantada pelo "Puro Sangue" & Comp.ª a respeito do meu papel na fundação do "Semanário Académico", recomendo uma visita ao catálogo geral da Biblioteca da Universidade do Minho, neste endereço. A Biblioteca possui todos os exemplares do "Semanário Académico", desde a sua fundação. Por causa disso, o meu nome consta do rol de autores das publicações ali guardadas.

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